Estamos no século XXI. Tudo é aceito, e tudo é rejeitado. Uma batida única 4x4 é apreciada por jovens que deslocam seus cabelos grandes e esticados à 165 centímetros do chão, equilibradas na ponta do pé por saltos de acrílico. A indústria de bebidas alcoólicas recebe tubos de dinheiro vindos da mesada ganha pelos indivíduos cujas camisas são estampadas com jogadores de pólo, jacarés, ou até mesmo com palavras semelhantes àquelas presentes em outdoors. Alguns deles, e me refiro aos indomesticáveis viciados em redes sociais, tiveram sua primeira relação sexual quando estavam bêbados o bastante para se lembrarem a cor do cabelo da vítima alcoolizada. Onde estão os amáveis Shakesperianos, ou os indomáveis poetas de cafeteria que escrevem seus encantos em guardanapos e guardam-os, ou compartilham-os em rodas de amizade? Amor verdadeiro é uma coisa dos livros. “Livros mudam as pessoas, e pessoas mudam o mundo”, mas se as pessoas que mudam o mundo não são mais mudadas pelos livros, em que
Crônicas feitas no bloco de notas do celular de Luana Aladim