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Mostrando postagens de novembro, 2014

Sorrindo com os olhos

Primeiramente peço perdão por ter mentido. Talvez isso tenha desencadeado a perda do brilho nos seus olhos e sua falta de amabilidade. Ainda assim, consigo me lembrar do primeiro sorriso, tão bonito quanto o septuagésimo sexto e mais brilhante que o último. O que aconteceu? Perdemos a intimidade do abraço e o restante se tornou opaco. Pensando bem, a história começa antes... Não importa se minha matéria preferida nunca foi biologia ou se eu definitivamente não acredito no determinismo de "o que for pra ser, será". Estávamos nos desgastando como um grafite numa folha já amassada, e o desenho não estava bonito. Talvez o momento não seja oportuno, mas a verdade é que nunca o será. Vamos deixar isso de lado... Esquecer o que não podemos mais consertar, e seguir em frente. Seguir de braços abertos para um futuro desconhecido. Seguir sem a interferência de paixões nem falsas necessidades. Seguir com sorrisos nos olhos, não mais com o forçado nos lábios.

Pensamento que nem vento

Temos tão pouco tempo que o vento mesmo lento teve medo de passar Temos tão pouco tempo que o café mesmo próximo da chaminé já se deixou esfriar Temos tão pouco tempo que o pesado soneto está mais para um livreto que tem medo de se terminar Temos tão pouco tempo que a caneta perdeu sua cor, com a rapidez da escrita E entre essa e aquela Rita paramos no meio da fita e ela deixou-se enrolar Temos tão pouco tempo que o medo da sorte de um sentimento tão forte termine em morte de amor fraternal Temos tão pouco tempo que o que bastava tornou-se carente e o que nos restava acabou de acabar