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Mostrando postagens de agosto, 2013

Dreads

Acordo atrasada Completamente descabelada Chuva de verão Que parece mais uma monção Daquelas de inundar uma cidade Banho frio Chão gelado Parece que estou lado a lado Com uma inundação De dor de cabeça Frutas, pães, leite com chocolate Esse tempo merece um chá Matte Mas não tenho tempo para escovar um dente E não estou nem um pouco indulgente Com esse tempo nublado A carona não está mais em casa A sobrinha anda meio desgastada Chamo os elevadores pra nada E parece que o dia tende a terminar Molhado Saio do prédio Enfrento o temporal Chego na rua, em frente ao sinal Os carros são lanchas No rio asfaltadamente matinal Chego ao meu destino Com a roupa pingando O cinto caindo A gritos tenho a primeira aula Do começo da semana

Um poema para chamar de meu

Da janela do meu quarto eu posso ver O mundo inteiro ao amanhecer Sinais vermelhos no final de um corredor E outras janelas que se apresentam sem pudor Posso ouvir a vida, a morte e o purgatório Todos provenientes de um sino um tanto inglório Que a toda hora bate sem parar De amar Pulso sangue vitalício Entre artérias e vasos coronários Julgam-se os certos como fraudários E o sentimento mais puro e confuso, como mercenário da razão Livros. Fotos. Canetas. Vasos Um ultrajante da filosofia Está presente todos os dias Na reminiscência das minhas curvas cerebrais Ando às vezes perdendo o juízo Pensando em sempre ser bem preciso Na falatória do argumentar E do não se apaixonar