Ela baixou a cabeça por um dia. Sofreu com lágrimas não
derramadas e por amores não correspondidos. Sentiu a solidão bater na porta, e
decidiu deixá-la entrar por uma noite. Porém, assim como tudo o que se inicia
tem um fim, amanheceu. Como um amante desprezado pelo orgulho, o estado de
miserabilidade em que ela se encontrava foi substituído pela sua luz original,
própria.
Valorização. Empinou o nariz, murchou a barriga e saiu para
ganhar o mundo. Conscientizou-se de que todos merecem o seu melhor. Manteve o
sentimento de conquista em segundo lugar, pois em primeiro estava a sabedoria
de ser divina. Sim, proveniente de Deus, e não de uma simples costela.
Viveu intensamente. Aprendeu que sentimentos podem ser
facilmente modificados, manipulados. Decidiu então estabelecer uma dose para
cada um deles. Deu satisfação apenas a si mesma, pois daquele dia em diante
nunca mais seria subordinada da própria vida, mas sim, a chefe da mesma.
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