Essa mania do coração de sempre querer se jogar num precipício ainda vai matá-lo de amores. Ontem mesmo o coração quase que envereda cego por um caminho não tão bem iluminado. Não foi por essa estrada, mas ficou sofrendo: em dor. Mal sabia ele que o caminho era mais sofrido: o coração corria atrás de um sentimento ainda frouxo, amador. Um sentimento ainda brincalhão, imaturo e carente de outras batidas cardíacas.
Estava com medo de percorrer esse caminho e não conseguir voltar. Ainda que soubesse do risco de acidentes durante o percurso, amarrou uma corda em alguns troncos de árvore e quis seguir, mas foi impedido pelo tamanho de sua corda: ela não esticava mais.
O coração, triste, sentou-se e pensou como seria o caminho. Desamarrou a corda do corpo e ainda quis seguir. Mas a visão do horizonte dava a impressão de um precipício que ele não fazia questão de se jogar. Mas sabia que se pulasse, suas batidas não seriam as mesmas, e o sentimento pelo qual ele corria atrás não valia essa perda. Ficou parado. Respirou e olhou o ambiente a sua volta. Lembrou-se que fazia muito tempo que não mudava o foco de caminhada. Escolheu um ponto ao seu lado e seguiu outro rumo.
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