Ela está em meio a dois blocos de carnaval. Ruas coloridas, enfeitadas, cheias de vida. A multidão se aglomera em seu entorno, e sua felicidade parece com aquela sentida por crianças ao ganharem brinquedos ao invés de roupas no aniversário. Mas ela tem quase dezesseis anos, e mesmo que desconsidere o ganho de presentes, faz questão de ser lembrada de alguma forma. Ao final da rua, avista uma bifurcação. Esquerda ou direita? Eis a questão. "Rimas", pensa ela, "foram feitas para embelezar momentos embriagados de mesmices". Os foliões começam a se dividir, e ela se vê angustiada ao ter que escolher entre duas coisas tão parecidas. Mas o sentimento é passageiro, e ela escolhe o caminho por onde o menino mais bonito segue. Em um insight conteudista e desnecessário, ela imagina a quantidade de pessoas que estão realizando movimentos peristálticos nesse exato momento. E isso a deixa com fome. Ao final da rua, seja por intervenção divina, ou simplesmente sorte, ela se