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Mostrando postagens de janeiro, 2015

A tal da emoção que se casou com a criatividade

Interessante é saber que muitos dos nossos textos escritos e divulgados e lidos e interpretados se parecem com as mensagens de um telefone sem fio. Sim, aquela brincadeira de criança. As emoções implantadas à força em cada palavra são sentidas de formas diferentes por cada leitor. Desse modo, alguns são tocados, outros dilacerados; mas poucos são os que seguem indiferentes. Vejamos: na frase "estou pronta para me jogar" algum suicida pode achar que é um sinal do universo. Por outro lado, uma menina que acaba de ter sua independência pode pegar seu carro novo, suas amigas, algum dinheiro, a estrada e se divertir com a vida. Assim também pode uma criança se abandonar nos braços de seu pai. Enquanto isso, o pobre escritor estava pensando na primeira gota de chuva que começou a encher os mares do planeta. Alguns sentidos são maiores que outros, porém todos convergem para algum. Isso é importante. Algo tão singelo para muitos é de grande tamanho para poucos, ou o contrário. I

Os males existem para algum bem

Nada é, inteiramente, ruim: em um mesmo caso dois lados podem ser observados. Muitas vezes, porém, a maldade é mantida como versão exclusiva. Dessa forma, acontecimentos são julgados pelos seus desdobramentos, e não pelas suas causas. Assim, a focalização das tragédias é feita na essência: o drama. Quantas vezes sabe-se de uma enchente que prejudicou o abastecimento elétrico de uma região e o primeiro pensamento foi acerca das perdas decorrentes disso? Ou algo mais devastador: quantas vezes se observa um atentado terrorista e julga-se, instantaneamente, como um ato incomparavelmente absurdo? Todavia, deve existir outro modo de pensar. As empresas especializadas no aluguel de geradores claramente se beneficiaram com a situação; do mesmo modo que fundamentalistas comemoraram por terem defendido o nome e a imagem de seu Profeta. É sabido que nenhum ato mortal é justificável. Com base nisso, pode-se dizer que alguns limites são necessários e a tolerância deve ser fundamental. Dessa fo

#2 Rodrigo e Lúcia Maria

-Menino! Olha a lua como está bonita! -É verdade vó, está linda! -Não sei como o homem ainda não teve vontade de visitá-la... -Mas ela já foi visitada, vó! -Foi mesmo? -Sim, em mil novecentos e alguma coisa... -Rapaz... Então quer dizer que um homem já pisou na lua? -Dois, na verdade. -E encontraram algo por lá? -Nada de mais... Apenas buracos, crateras e areia. Encontraram coisas mais interessantes em Marte. -Marte, Júpiter, Urano, Netuno e Saturno são o que? -Planetas, vó. -Ah, bem... -Eu vi um vídeo um dia desses que mostrava o tamanho de diversos planetas, desde um planeta bem pequeno até um bem grandão. Dentre eles estava o nosso; ele se mostrava muito pequeno... Como se um grão de farinha fosse a Terra e uma melancia fosse o maior do vídeo. -Nossa! -Pois é... Existem algumas pessoas que dizem que o universo é infinito. -Esquisito? -Não, vó: infinito. -Ah, bem... Então a Terra é muito pequena. -Pois é... Imagina como nós somos pequenos... -I