Achei! O que não estava procurando. Sim, achei. Achei um livro feito de papelão cheio de crônicas meio utópicas. Achei, no fundo do meu guarda-roupa, pedaços de alguns sonhos digitados na metade de uma folha de papel. Achei que tinha me esquecido do dia em que escrevi a morte de forma corriqueira. Nostalgia. Esse foi o primeiro livro de gente que nem sabia que sabia escrever... E de outros que realmente não sabiam. Achei a “confissão de uma bomba”, algo sobre o valor dos trabalhadores e outro sobre “a droga da televisão”. Porém, todas pareciam não passar de críticas de banheiro... Aquelas que vêm à mente quando se está no banho, fazem chorar e odiar a sociedade em que se vive. Mas que duram, no máximo, quinze minutos: nada constante, porém recorrente. Depois da poeira das páginas e de muitos espirros, pois a alergia é forte, consegui reviver o dia da escrita. Não era um banheiro, mas havia críticas. Não havia choro, mas se odiava a sociedade. O local era uma sala mais ou menos
Crônicas feitas no bloco de notas do celular de Luana Aladim