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Mostrando postagens de julho, 2015

Nosso roteiro ainda não terminou

Odeio ter que esperar você acabar seu trabalho para poder falar comigo. Odeio quando você diz que minhas coisas são de menininha. Odeio quando você some sem dizer mais nada. Mas ainda assim gosto de você.  Gosto quando você acaba o trabalho e então fala comigo. Gosto quando você lê meus textos e quando, mesmo reclamando do excesso de meiguice, ainda esboça um sorriso denunciando que ficou bom. Gosto de quando você reaparece depois de um tempo sem dizer nada e pergunta como vão as coisas no meu mundo: no mundo da Lua.  A vida é maldita. Acho que ela tem inveja do nosso constante emaranhado de encontros e desencontros: de algum jeito eles sempre dão certo. Acho que ela gosta das coisas erradas e por isso brinca com a nossa tranquilidade peculiar. O universo nos fez como água e vinho... Mal sabe ele que podemos nos misturar. 

Teimosia

Essa mania do coração de sempre querer se jogar num precipício ainda vai matá-lo de amores. Ontem mesmo o coração quase que envereda cego por um caminho não tão bem iluminado. Não foi por essa estrada, mas ficou sofrendo: em dor. Mal sabia ele que o caminho era mais sofrido: o coração corria atrás de um sentimento ainda frouxo, amador. Um sentimento ainda brincalhão, imaturo e carente de outras batidas cardíacas.  Estava com medo de percorrer esse caminho e não conseguir voltar. Ainda que soubesse do risco de acidentes durante o percurso, amarrou uma corda em alguns troncos de árvore e quis seguir, mas foi impedido pelo tamanho de sua corda: ela não esticava mais.  O coração, triste, sentou-se e pensou como seria o caminho. Desamarrou a corda do corpo e ainda quis seguir. Mas a visão do horizonte dava a impressão de um precipício que ele não fazia questão de se jogar. Mas sabia que se pulasse, suas batidas não seriam as mesmas, e o sentimento pelo qual ele corria atrás não valia e