Odeio ter que esperar você acabar seu trabalho para poder falar comigo. Odeio quando você diz que minhas coisas são de menininha. Odeio quando você some sem dizer mais nada. Mas ainda assim gosto de você. Gosto quando você acaba o trabalho e então fala comigo. Gosto quando você lê meus textos e quando, mesmo reclamando do excesso de meiguice, ainda esboça um sorriso denunciando que ficou bom. Gosto de quando você reaparece depois de um tempo sem dizer nada e pergunta como vão as coisas no meu mundo: no mundo da Lua. A vida é maldita. Acho que ela tem inveja do nosso constante emaranhado de encontros e desencontros: de algum jeito eles sempre dão certo. Acho que ela gosta das coisas erradas e por isso brinca com a nossa tranquilidade peculiar. O universo nos fez como água e vinho... Mal sabe ele que podemos nos misturar.
Crônicas feitas no bloco de notas do celular de Luana Aladim